O Brasil está passando por um surto de sarampo, uma doença que tinha sido eliminada das Américas em 2016, e que pode causar complicações muito graves e até a morte. Uma das maneiras de se prevenir é com a vacinação, mas o portador de doença reumática pode se vacinar?
SarampoO que é o sarampo? O sarampo é uma doença infecciosa extremamente contagiosa. A transmissão pode ocorrer por gotículas com partículas do vírus no ar, principalmente em ambientes fechados como escolas, ônibus e aviões. Quais os sintomas?
Além do risco de morte, o sarampo pode afetar o sistema imunológico, aumentando o risco de desenvolver outras doenças infecciosas, e é capaz de causar complicações neurológicas que podem deixar sequelas. Quais as áreas mais afetadas? Até o dia 17 de julho de 2018, 444 casos foram confirmados no Amazonas e 216 em Roraima, todos importados. Além disso, alguns casos isolados e relacionados à importação foram identificados nos estados de São Paulo (1), Rio Grande do Sul (8); e Rondônia (1). Até o momento, o Rio de Janeiro informou ao Ministério da Saúde, oficialmente, 7 casos confirmados. Como é a vacina? A vacina que previne o sarampo é a tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), uma vacina feita com vírus vivo atenuado. Para ser considerado protegido, o indivíduo dever ter tomado duas doses na vida, com intervalo mínimo de um mês, independentemente da idade. Como é o esquema de vacinação?
O sarampo confere proteção permanente, ou seja, pessoas com histórico confirmado da doença não precisam se vacinar. Como a maioria das pessoas com 50 anos ou mais provavelmente já teve sarampo, o Ministério da Saúde disponibiliza duas doses da vacina para todos até 29 anos de idade e dose única para aqueles entre 30 e 49 anos. Quem não pode receber a vacina?
Como ficam os portadores de doenças reumáticas? Nem todas as doenças reumáticas são tratadas com imunossupressores ou causam imunossupressão. Os portadores de fibromialgia, artrose, gota, tendinite ou bursite, entre outras, podem se vacinar conforme a recomendação para pessoas saudáveis. Existem também aquelas doenças reumáticas que alteram o sistema imunológico ou que precisam de tratamento imunossupressor, como artrite reumatoide, artrite psoriásica, lúpus, espondilite anquilosante, esclerodermia, vasculites, polimialgia reumática, dermatomiosite, polimiosite, entre outras. Nestes casos é necessário fazer uma avaliação individualizada do risco e do benefício da vacinação, analisando-se o tipo de doença, o seu grau de atividade e o nível de imunossupressão do tratamento. Os pacientes são divididos em 3 grupos:
Quem tem baixo grau de imunossupressão e já foi vacinado uma vez, poderá receber o reforço após avaliação do reumatologista para considerar os riscos e benefícios. Qual o intervalo de descontinuidade dos medicamentos imunossupressores para aplicação das vacinas atenuadas?
Existe alguma outra medida de proteção?
A melhor maneira de prevenir a doença é com a vacina. As pessoas que não podem tomá-la podem seguir as seguintes recomendações para diminuir a chance de contrair a doença:
Referências https://www.reumatologia.org.br/noticias/sbr-nota-tecnica-alerta-epidemiologico-sarampo-julho-2018/ http://portalms.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/43868-ministerio-da-saude-atualiza-casos-de-sarampo-no-brasil Nota técnica conjunta SBIM, SBI e SBP, disponível em: https://drive.google.com/file/d/16APHjhBi5yUh8OAH1gUs4ZOiOt-lOTaY/view https://wwwnc.cdc.gov/travel/diseases/measles
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March 2020
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